Como todos sabem, a tecnologia é sempre uma via de mão dupla. Ao mesmo tempo em que facilita nossa vida, nossas rotinas e organiza um número absurdo de informações, ela também abre espaço para aqueles que usam essas mesmas características para razões bem menos nobres. Recentemente, um dos assuntos que ganhou espaço na mídia são os chamados Ransomwares.
A melhor forma de definir os Ransomwares é dizer que eles são “sequestradores digitais”. São softwares maliciosos usados para criptografar dados, invadindo o computador do usuário e impedindo o acesso a documentos, programas, aplicativos e jogos. Eles entram no sistema como qualquer outro tipo de vírus (anexados a um e-mail de spam, escondidos em um instalador, aproveitando-se de qualquer possível brecha na rede) e bloqueiam o acesso à máquina ou a determinados arquivos. Feito isso, o próximo passo dos criminosos é exigir um “resgate”. Isso mesmo, mediante o pagamento do valor exigido você pode ter acesso à chave de decodificação que libera novamente o acesso aos seus dados. Na maioria das vezes, esse pagamento é solicitado em moeda virtual (os chamados Bitcoins), e isso dificulta o rastreamento do pagamento.
Engana-se também quem acha que consegue driblar facilmente as barreiras impostas pelos Ransomwares no sistema: a criptografia é rigorosamente preparada e os algoritmos, além de travar o acesso, podem compactar milhares de arquivos em extensões RAR, ZIP, tudo com senha ou ainda com formatos alterados.
E no meio disso tudo, as mais novas formas são ainda mais perigosas: já existem vírus com poder altamente destrutivo (como o já identificado Gpcode.ax), que ao invés de criptografar o conteúdo, simplesmente substitui o arquivo original, causando a perda total dos dados. Nesses casos, mesmo com o pagamento do resgate exigido, dificilmente se consegue alguma recuperação, ainda que parcial.
E como se prevenir? A solução é mais simples do que você imagina: a melhor forma de se prevenir é através do famoso Backup. Quando você copia periodicamente seus arquivos para uma unidade extra, externa e segura (uma atividade que deve ser feita diariamente), você está seguro para o caso dos arquivos originais serem corrompidos. Se você for daqueles que acreditam que o seguro morreu de velho, deixe também uma cópia dos seus arquivos na nuvem.
Além disso, aquelas recomendações tradicionais também ganham força nesses casos: tenha sempre um antivírus confiável e atualizado em sua máquina, realize verificações periódicas, não abra em nenhuma hipótese anexos de e-mails desconhecidos, cuidado ao realizar downloads de arquivos e, se mesmo assim você for vítima de um Ransomware, considere todas as possibilidades antes de pagar o resgate exigido: lembre-se que estamos lidando com criminosos e não há nenhuma garantia que o acesso ao seus arquivos será restabelecido.
