As inovações permitidas com o uso frequente de drones são cada vez maiores. Prova disso é a utilização dessa tecnologia para entregas de pedidos e encomendas na China, país mais populoso do mundo e uma das economias mais fortes do planeta. Mas calma! Por enquanto os drones ainda não entregam os pedidos direto ao comprador, mas sim a encarregados em cidades próximas para facilitar a logística. A tecnologia é usada com frequência também em regiões montanhosas e remotas, reduzindo custos de transporte e ganhando agilidade quando necessário.
Essa façanha é obra da JD.com, empresa chinesa de e-commerce e uma das maiores varejistas do país, com sede em Pequim, que ostenta o título de líder mundial em alta tecnologia e entregas através de drones e robôs. A empresa possui também o maior sistema de produção e capacidade de entrega de drones do mundo.
Vale lembrar que, na China, o espaço aéreo é altamente controlado e a utilização dos drones em vôos é proibida em grande parte do país. Com isso, essa logística ganha importância nas regiões rurais e fora dos grandes centros. A JD possui atualmente permissão do Governo Chinês para realizar as entregas via drones em apenas 04 das 30 regiões administrativas que o país possui. Para atender essa demanda, existem hoje 40 drones em operação logística para a empresa.
Atualmente, a empresa divulga que 6 dos 7 modelos utilizados com frequência são elétricos. O único que não faz parte dessa lista é o maior equipamento da linha de produção da empresa, que funciona com gasolina, possui aproximadamente 2 metros de envergadura e capacidade para o transporte de encomendas de até 30kg.
Mas a JD não voa sozinha nesse mercado: sua principal concorrente, a gigante Alibaba, concentra hoje 80% do comércio eletrônico na China, e também trabalha com o objetivo de avançar a atuação sobre as regiões rurais e afastadas do país, com um público potencial estimado em 650 milhões de pessoas.
Mas a diferença é que, enquanto a Alibaba foca em áreas que vivem praticamente só de comércio eletrônico, a JD busca um caminho alternativo, expandindo e qualificando os serviços de logística e entrega, não só limitados à utilização dos drones, mas também planejando em conjunto com parceiros a construção de miniaeroportos para a utilização coordenada dos equipamentos, reduzindo com isso custos de transporte em até 70%.